domingo, 13 de março de 2011
Sempre fui aquele tipo de garota sonhadora. Que ficava imaginando eu aos meus quatorze anos com alguém fantástico ao meu lado, me fazendo rir, me aconselhando, me levando para lugares que nunca imaginei estar. Sempre quis chegar com um garoto em casa e apresentar como meu namorado e ele ser tão magnífico, que de cara meus pais iam gostar. Essa visão de garoto “perfeito” vem do meu primeiro namoradinho, daqueles que ainda era só namoro de mãos dadas. Eu era inocentemente feliz. Com o tempo, entre tantos outros garotos pelos quais me “apaixonei” poucos me trataram tão bem quanto ele me tratou. Não que eu ficasse comparando, mas sempre me apeguei a garotos que só me usavam para se satisfazer. Por alguns dias me davam o maior carinho do mundo, depois simplesmente iam embora. Sem nenhuma explicação, sem dar uma misera noticia ou um adeus. Simplesmente iam. O último - o mais doloroso - foi o único que conseguiu me levar à imensa insanidade. Transformei-me completamente depois dele. Ele conseguia me fazer largar todos os meus planos, só para sentir um pouco mais daquele fogo queimando meus órgãos. Sinto falta de alcançar o meu limite de loucura, não irei mentir, mas no momento o que quero de verdade, é um garoto como aquele meu primeiro garoto, simples e carinhoso. Dizem que primeiro amor nós nunca esquecemos. Antes achava uma grande bobagem, hoje consigo entender o motivo de minhas lágrimas, naquela seção da tarde, ao ver o garotinho morrer.
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