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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

já não é mais como antes,

Sempre tem um medo, maior do que a minha vontade de fugir, que me faz permanecer intacta. Sem mover um músculo. E continuando sendo apenas mais uma falsificada feita de plástico.
 
Deixei de ser a lua cheia. Deixei de brilhar. Virei à escuridão da noite calada. Cresci, sem querer. Aprendi a viver metade viva. E tudo isso sem você me dizendo que tudo era passageiro, uma mera fase; que eu não precisava me importar com a queda, porque você estaria lá no final para me salvar.
      Ele
Eu tento lhe dizer, você não quer saber, o quanto eu preciso de você. Me abrace apenas uma vez bem forte e então você vai ver. Me abraçe forte, como se fosse nossa última vez. Me deixe respirar o quanto eu puder, o tempo que quiser, ao teu lado.
         Ela
Já não me sinto tão mal em relação ao que disse pra me manter aqui, tão longe do seu olhar. E se eu disser que não dói tanto assim, saber que já não sou o motivo pra te fazer sorrir, nem quem segura a sua mão quando já não é preciso dizer mais nada. E a vida segue pra mim, afinal, as contas vão chegar e meu endereço elas sabem de cor. E você também deve saber, talvez resolva aparecer. Imagine então, se nada mais pudesse nos prender e eu de fato conseguisse, enfim, viver como deveria ser.

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